Dia 28 de maio de 2009

Hoje acordamos mais cedo do que gostaríamos para variar..rs
O café da manhã foi na nossa casa mesmo, e todos estavam lá quando eu e o Peterso ficamos prontos.
Nos dividimos em dois carros e fomos para a fábrica da Mercedes Benz. Mas não em uma fábrica normal, mas em uma fábrica de caminhões da Mercedes. Mas antes, é claro... a pedidos da minha mãe, minha irmã e meu amor, eu fui com o pai da Leda e da Re visitar um especialista em sapatos e pés. Ele olhou meu pé e me deu uma palmilha que estou usando. A dor no pé diminuiu consideravelmente, e meu humor melhorou bastante....hehe O lugar é simplesmente monstruoso. Logo na entrada nos deparamos com um mini museu da empresa. Caminhões dos mais antigos estavam expostos ao redor do refeitório, e quando nos deparamos com um modelo de 1886 que atingia uma velocidade máxima de 18 km por hora, nos animamos bastante. Tínhamos certeza de que o dia seria especial.
Tomamos mais um cafezinho básico lá no refeitório mesmo e em seguida nos encontramos com nossa guia. Ela nos explicou que infelizmente não poderíamos tirar fotos da produção. Em seguida nos deu um aparelho com um fone de ouvido para que pudéssemos ouvir o que ela dizia. Nos juntamos a mais umas 25 pessoas e entramos no ônibus em direção à produção.
A Mercedes não fabrica todas as peças da linha de montagem... a grande maioria já vem pronta para a linha de montagem, tendo sido fabricadas em outras empresas credenciadas.
Passamos por toda a linha de montagem dos caminhões, desde a cabine até os chassis.
É impressionante. Muita coisa é totalmente computadorizada. Carrinhos sem motoristas andavam para cá e para lá pegando peças e levando para rebitadoras e soldadoras automáticas que mais pareciam pertencer ao filme Matrix. Os carrinhos sabiam exatamente onde ir e as máquinas sabiam o que tinham que fazer com cada peça, mesmo que a linha de montagem fosse caótica. Calma...rs... vou explicar.
A empresa recebe os pedidos e vai lançando no sistema... isso quer dizer que ao mesmo tempo, tem que ser produzidos caminhões grandes, pequenos, verdes, vermelhos, com banco de couro, com sirene... enfim... todos os tipos disponíveis. É claro que existem alguns homens auxiliando nesta montagem e verificando quais peças devem ir para cada caminhão, mas é um caos total. Existe uma esteira que vai levando os caminhões (várias esteiras diferentes na verdade... uma para a cabine, uma para as portas, uma para o chassi....etc.) E esta esteira demora uma semana para dar a volta. Mas na esteira são colocados os diferentes caminhões (desmontados) em fila com pouco mais de 2 metros de distância entre um e outro. Alguns trabalhadores se dividiam em equipes de forma a ficarem sempre no mesmo setor. Por exemplo, o painel era colocado por um grupo de 3 pessoas, por tanto, eles ficavam parados praticamente no mesmo ponto, pegando os painéis que vinham em seqüência (com auxilio de girafas hidráulicas) e colocavam no caminhão... quando chegava o outro caminhão, cerca de 7 minutos depois, eles já tinham acabado de instalar o painel no primeiro e começavam novamente o trabalho. O interessante é que os operários têm que conhecer, muito bem, toda a linha de montagem, uma vez que a cada segundo eles tem que montar um produto diferente. Nossa guia nos explicou que salvo raras exceções, os caminhões têm basicamente o mesmo padrão de montagem. Durante nosso passeio descobrimos inclusive que se mudássemos o canal do aparelho do 3 para o 5, passaríamos a ouvir as mesmas instruções em português. Foi ai que descobrimos que grande parte do grupo que nos acompanhava era de Manaus. Mas não quisemos ficar no português, com exceção da Leda e do Haroldo. Acontece que o tradutor não tinha um bom português e as vezes lhe faltavam algumas palavras importantes. Mas como a nossa guia estava falando em inglês, podíamos entender bem melhor no canal 3.
Aproveitamos e almoçamos a mesma comida que o proletariado da Mercedes. Vejam só que comida ruim...hehehehehe. Eu me empanturrei. Mas depois tivemos que sair da Mercedes para continuarmos o nosso programa. Fomos então para Speyer onde está localizada a primeira catedral católica da humanidade. Em poucos dias nós tínhamos visto a primeira igreja, e agora estávamos frente a frente com a primeira catedral. Logo de cara nos deparamos com um monumento que simbolizava a captura de Jesus no monte das Oliveiras. A igreja é linda. Tem uma arquitetura românica e abriga um mausoléu onde estão sepultados algumas figuras importantes como bispos e outros.
Saímos da igreja e fomos dar uma volta pela cidade. Eu não conseguia parar de pensar na Ana, e quando a Leda entrou em uma loja de roupas, eu entrei junto. Foi quando eu vi uma coisa que tinha tudo a ver com minha namorada. Decidi comprar na hora. Espero que ela goste.
Tomamos um café bem gostoso e de lá mesmo decidimos jantar em um clube de esportes onde tinha uma pista de boliche.
Chegando lá comemos umas pizzas bastante interessantes e começamos a jogar. Estávamos todos exaustos. A Renata foi a grande surpresa da noite terminando em segundo lugar, seguida pelo nosso capitão Haroldo (ou Harralllldo, como estamos chamando ele aqui...hehe). Mas a grande vitória da noite ficou mesmo com o Daniel, que depois de um começo apagado se recuperou, superou todo mundo e ainda terminou com larga vantagem a nossa competição amigável...rs

Chegamos em casa e encontramos a nossa nova irmã, Regina que irá cuidar de nós daqui pra frente. O Paul tem que ir para Berlim e não mais o veremos, por tanto fizemos ali mesmo a nossa despedida...
Mesmo cansado, eu continuei tentando consertar meu computador. As 3 da manhã desisti e decidi que era melhor dormir um pouco.

0 comentários: