Indústria do aço.
Dia 27 de maio

Hoje foi difícil acordar...estávamos todos doloridos, porém bastante felizes. O rotariano que veio nos buscar desta vez foi o Gerhard (Geraldo) que nasceu no Brasil e veio para a Alemanha com apenas 2 anos de idade. Ele foi o primeiro Host father da Michele Leivi e fala um pouco de português. Ele nos levou para conhecer um outro patrimônio da humanidade reconhecido pela UNESCO. Mas este tinha algo de especial. Este patrimônio foi o primeiro de sua espécie. Estou falando de indústrias. Neste caso, indústria do ferro e do aço.
Pois é pessoal, fomos conhecer a indústria bicentenária que foi a maior indústria de metal da Alemanha. Hoje esta indústria ainda existe, mas esta terceirizando algumas coisas, por isso, pôde montar um museu e abrir para visitantes.
Nosso guia nos explicou que para transformar um minério de ferro em metal líquido, é preciso aquecê-lo a temperaturas muito elevadas. E para isso, eles tinham 6 fornos de 29 metros de altura. Mas o forno precisa de combustível. O fogo se alimenta de oxigênio, e quando falamos em temperaturas tão elevadas para fornos tão grandes, estamos falando de muito oxigênio. Por isso, a empresa construiu um outro prédio do outro lado da rua (tiveram até que construir uma ponte) para abrigar as 10 máquinas sopradoras de vento necessárias para abastecer os fornos com oxigênio suficiente. O mecanismo é bastante simples. Um motor gira um pistão que empurra o vento por canos que vão até os fornos. Mas imaginem só o tamanho destas máquinas. A roda do motor atingia mais de 6 metros de raio e a máquina tinha mais de 20 metros de comprimento. Ela era alimentada por gás, o mesmo gás filtrado que era formado durante o derretimento dos minérios de ferro. Ao girar a grande roda, com o auxílio de um gerador acoplado, a máquina produzia energia suficiente para abastecer a empresa inteira. Mas o óleo evaporava e depois condensava no chão que precisava ser constantemente limpo. Hoje ainda é possível sentir o cheiro do óleo que foi absorvido pelas paredes.
Saímos de lá e fomos para o trilho de trem onde chegavam os minérios. Cada vagão parava entre dois grandes funis. As laterais dos vagões eram abertas, e os minérios caiam para os lados. Abaixo dos funis, passavam vagões suspensos por um trilho que conduzia eles para a máquina trituradora. Nesta máquina, as pedras eram trituradas, mas produziam uma densa poeira cheia de metal. Esta poeira era sugada por exaustores que conduziam à um forno que tinha a temperatura suficiente para aglutinar as partículas e formar pequenos bolinhos de minerais. Esses dois produtos, o bolinho de poeira metálica e as pedrinhas trituradas eram levadas até o topo dos fornos. Nesta hora é que a coisa complicava. O forno era aquecido a carvão. Mas eles descobriram que se aquecessem o ar que alimentava os fornos, poderiam economizar até 80% de carvão. Então, construíram, para cada forno, 3 outros fornos recheados de pedras vulcânicas. No primeiro forno, eles queimavam o gás para aquecer as pedras o máximo que podiam. Quando elas estavam bem quente, eles mudavam para o segundo forno. Enquanto aqueciam o segundo forno, eles abriam o primeiro para a passagem do ar. Desta forma eles iam revezando entre os dois fornos em um trabalho de 24 horas por dia. O terceiro era apenas para emergência. Mas tudo isso precisava ser resfriado, o que era feito com um prédio próprio de reserva de água. A água era jogada de forma a atingir a máxima área do forno possível. Ao chegar no térreo, a água estava bem quente, e por isso era usada para aquecer tudo no inverno. Mas temos que lembrar que para que tudo isso funcione, era preciso pegar o gás dos fornos. E como o gás estava quente, podemos entender que ele tente a subir. Mas no topo do forno é onde deve ser jogado os minerais. Se deparando com este problema fatal (uma vez que o gás é altamente tóxico), eles desenvolveram um mecanismo muito interessante. O forno era tampado por um chapéu, e logo abaixo dele ficava um outro chapéu em forma de sino. O segundo chapéu tinha apenas 5 metros de diâmetro, enquanto que a boca do forno começava com 4 metros e terminava com 10 metros. Isso fazia com que o diâmetro do forno na região onde o sino ficava fosse maior que o diâmetro do próprio sino. Quando os operários levantavam o chapéu superior, o sino também subia para onde o diâmetro é menor, e lacrava o forno novamente. Dá pra ver pelo gráfico que desenhei. O restante do gás que ainda escapava era facilmente queimado jogando um pedacinho de brasa lá dentro. Impressionante não?
Eu adorei.
Bom... comemos por lá mesmo... e tava uma delícia. Depois aproveitamos pra visitar uma feira do cérebro que tinha lá com várias coisas interessantes sobre ilusão de ótica, percepção, coordenação, comandos e tudo mais sobre o cérebro humano. Claro, tinha um que envolvia memória... eu mandei muito bem neste. Surpreendi todo mundo.... mas tinha outro que envolvia coordenação para andar de patinete. Só que o patinete tinha o guidão invertido. Virando para a direita você ia pra esquerda... Adivinha... não parei em pé...hehe.
Fomos de lá direto para a nossa casa para arrumar a mala e nos despedirmos desta família linda. Eles pareciam aquelas famílias dos comerciais de Doriana. Tudo perfeito. Eles formam um casal lindo. A casa é enorme e linda. Os filhos... lindos e educadinhos... Ele bem humorado, e ela uma dama perfeita. Não parava de lembrar da Ana toda vez que olhava pra eles...rs
Mas tivemos que ir embora.. Fomos para uma cidade chamada Pirmasens. Lá fomor recepcionados por 4 rotarianos bem jovens que nos proporcionaram um ótimo jantar e uma conversa muito gostosa. Saímos de lá já nos sentindo em casa. Eu e o Peterso fomos parar na casa do Paul que é um senhor muito divertido. A Leda e a Renata foram para a casa de um rotariano que parece mais um inglês. Ele é Muito legal. E o Daniel e o Haroldo foram parar na casa de um rotariano dono de um banco. Todas estas casas ficam em uma cidade bem perto de Pirmasens chamada Dahn. Na cidade existe uma rocha, que a exemplo da de Loreley tem diversas histórias... todas envolvendo uma jovem que se jogou de lá de cima...hehe
Ao chegarmos em casa acabamos nos sentando na sala pra conversar com o Paul que já foi para o Brasil. Ele ficou nos fazendo perguntas até 1 da manhã, depois que o vinho acabou.
Ai pudemos ir dormir.

1 comentários:

Ana Elisa disse...

Amoorrrr.. noosa q dia heein!!
hehehe.. lembrou de mim na dama perfeita =)
Amor da minha vida =)
mas eu gostei da foto da familia.. eles pareciam mto legais mesmo!
seu dia foi demais neh.. adorei a industria de aco e seu desenho ficou otimoo!!
moooorro dee saudadees amoorr.. voltaa logooooooo!!!
Tee AMooo MUITOOOOOOOOOO...