Hoje levantamos um pouco mais tarde. Fomos para Mainz onde pudemos conhecer o museu da imprensa. O museu Guttenberg é lindo. Pudemos ver, desde o princípio, como é que, cada civilização, fazia para registrar seus acontecimentos em larga escala. Além de ver de perto as máquinas mais antigas e suas ferramentas e matrizes, pudemos presenciar uma demonstração fabulosa de um dos trabalhos do Guttenberg.
Saímos de lá e fomos almoçar em um restaurante que outrora fora um convento e também um hospital para pobres. A arquitetura é impressionante. Todos os garçons eram lindos, e a moça que nos atendeu era a cara e jeito da Aletéia Beller. Ale... parecia que eu estava falando com você. A menina jogava a cabeça pra frente quando ia falar com a gente igual a você. Parava com o maxilar pra trás como você, e ainda tinha o mesmo cabelo com aquela franja que ficava alisando e arrumando o tempo todo, principalmente quando ficava nervosa... exatamente como você...hehe...Inacreditável... vc tem certeza de que não tem uma irmã gêmea aqui na Alemanha? Júlio, se não der certo com a Ale ai... tem uma clone dela aqui....hahahaha.
Saímos de lá com a intenção de conhecer a maior igreja da região. A Dom é muito grande e bonita, mas só pudemos vê-la por fora, porque nela estava acontecendo um concerto maravilhoso e restrito. Fomos então nos encontrar com o pai do Haroldo, com o pai da Renata e com o pai da Leda que nos levaram no museu da marinha mercantil. O Sr. Keppler teve que ir embora para uma festa de família e só voltaríamos a nos ver por volta da meia noite.
A essa altura, meus pés já estavam me matando. Não agüentava mais ficar de pé, e meu humor foi se modificando a cada passo. Fiquei cansado de verdade. A nossa guia falava em Alemão, e o Peterso nos traduzia com perfeição, mas as dores faziam com que eu achasse tudo demorado demais. Sem dúvida nenhuma foi um passeio interessante, pois, ele demonstrava arqueológicamente como eram construídas as embarcações romanas, e eu pude ver de perto como funcionava a metralhadora de flechas que eles tinham...
Saímos de lá e fomos direto para o topo de um estacionamento para ver umas ruínas de um antigo teatro que já foi o maior teatro do norte da Europa continental. Infelizmente não sobrou muita coisa pra contar historia, mas nossa guia parecia saber muito sobre isso. Então fomos a pé, (nunca se esqueçam da minha dor nos calcanhares) ver tudo de pertinho. Passamos por baixo dos trilhos de trem...andamos por uma linda trilha no meio do bosque, até finalmente chegarmos ao túmulo vazio de um grande general romano. Amado pelo seu povo, morreu ao cair do cavalo, e em sua homenagem foi erguido um monumento simples totalmente revestido de mármore. Infelizmente o pai do general mandou buscar o corpo do filho e hoje em dia todo o mármore foi retirado por saqueadores. Mesmo assim a construção impões respeito.
Continuamos nossa caminhada por mais duas horas, visitando alguns pontos turísticos como o convento para mulheres, a pedra da vigília, algumas estátuas, alguns becos, e finalmente nosso estacionamento.
A dor era tão grande que eu já nem conseguia senti-la mais.
Chegamos todos na casa da Renata, onde tivemos uma ótima festa regada a muito vinho. Tentei jogar futebol com o Daniel e o cachorro deles, mas o cachorro é muito bom pra mim.
Conversamos muito e ganhei um catálogo de uniformes do pai dela. Foi uma noite maravilhosa com direito a várias fotos. Falamos muito sobre projetos também... acho que podemos fazer parcerias incríveis com eles.

Abraços