Boehringer Ingelheim
Hoje acordei um pouco mais atrasado do que de costume. Acho que a cada dia meu sono fica mais prejudicado. Tivemos um encontro bem legal na Boehringer que é uma das 10 maiores indústrias farmacêuticas do mundo. Fizemos um tour pela empresa passando por cada estágio. Primeiro passamos pelo setor de tratamento de água da empresa. Esta indústria é obrigada pelo governo a tratar a água relativa ao consumo de 200 mil habitantes e devolver o resultado ao Rio Reno. Situada às margens de um dos rios mais famosose importantes da Europa, a Boehringer utiliza apenas a água do governo para consumo dos funcionários, sendo que todo o restante (limpeza e tudo mais) é de fornecimento próprio. Nosso Guia, o Dr. Klaus-Werner Linneweber, que é um senhor de cerca de 1,90 de altura e extremamente simpático, educado e atencioso, nos explicou durante o percurso, como é realizado o tratamento dos resíduos sólidos, e como é que eles produzem sua própria energia. Eles compram moveis velhos que já vêm totalmente triturados, e incineram produzindo vapor que gira umas turbinas produzindo eletricidade. E o vapor ainda é utilizado para o sistema de aquecimento da empresa.
Depois disso, o nosso motorista Ulrich Klein (um típico alemão, exatamente igual a imagem que fazemos dos soldados alemães) que parece um agente secreto, nos levou até o edifício principal. Lá nós nos dividimos em 3 grupos distintos. O Haroldo e a Renata foram conhecer a logística. A Leda e o Peterso se encontraram com o ex-relações públicas da ZDF, atualmente responsável pela área de comunicação da Boehringer. E eu e o Daniel nos encontramos com o Mathias Huland da área de finanças que cuida de paízes como o Brasil. Ele nos explicou basicamente como funciona o setor de finanças, e respondeu a todas as nossas perguntas quanto aos envios de relatórios, autonomias, recursos, custos, patentes e tudo mais. Nos explicou inclusive porque é que alguns produtos são retirados do mercado após expirarem os períodos de patentes.
Sem dúvida uma manhã muito proveitosa. Infelizmente não pudemos tirar fotos, mas podemos dizer que a Boehringer é gigantesca e só conseguimos visitar 30% dela graças ao nosso agente especial Ulrich, que a essa altura do campeonato já tinha perdido toda a seriedade e já estava brincando com a gente como se fosse um IGísta também. Almoçamos muito bem. O meu prato, que podemos ver na foto abaixo, custaria cerca de 5 euros se a Boehringer não tivesse pago pra nós...hehe Após o Almoço nos encontramos com o Dr. Gerd Konzen, e junto com nosso chofer fomos nos trocar para conhecermos a produção dos remédios. A roupa, feita de TNT, contava com um sapato de tecido e touca de TNT para os cabelos. Ficou bem interessante, todos de branco e verde... eu fiz uma brincadeirinha insinuando que estava no espaço, e logo o Ulrich também estava bincando junto. Acho que ele é uma mistura de Liam Nilssen (não sei como se escreve) com o ator de carga explosiva e o Mr. Bin.
Conhecemos as máquinas que fazem os flocos, as prensas, todo o sistema de controle de peso, tamanho e quantidade dos remédios. Ele nos explicou que quando o refil de remédios está acabando, a máquina liga no celular do funcionário de plantão para que ele corra para trocar. Doido não é?
Vimos também como é empacotado e distribuído o remédio.
E para concluir nossa visita na Boehringer, visitamos o centro de segurança da empresa e a brigada de incêndio que é fantástica.
Saímos de lá e fomos visitar uma exposição do que é um artista da bielo-russia. Tomamos café em uma espécie de contêiner.
Terminamos o dia em um restaurante muito gostoso de uns rotarianos. Foi tudo muito gostoso e amigável, regado de novos amigos, muita conversa e, é claro, muito vinho bom. Meu prato foi bastante leve, mas minha garganta até doeu de tanto que eu falei. Contei sobre São Paulo... apresentei alguns projetos de Rotary (mas todos pedem para que eu os mande por e-mail depois) e conversei bastante com nosso grupo. A cada dia estamos mais entrosados e nos conhecemos cada vez mais. Acho que, mesmo com tantas diferenças entre nós, estamos fazendo uma amizade apaixonante.
Eu tentei compensar a falta de fotos do dia com fotos muito legais do nosso grupo e do jantar.

Abraços OS: Nossa... minha saudade está bem grande, mas isso só tem me motivado a me dedicar ainda mais ao programa. Quero voltar pra São Paulo com um sentimento de que valeu a pena, mesmo com tamanha saudade e falta que todos vocês fazem nesses dias longos (fazemos tanta coisa por aqui que parece que estamos a um mês na Alemanha. Não paramos nem pra respirar ainda...rsrs). Ana, minha saudade de você é especial, porque a Alemanha é extremamente romântica e aconchegante, como se fosse feita para casais extremamente apaixonados como nós. Então, te vejo em cada esquina, em cada gole de vinho, e em cada tijolinho. Te amo mais a cada só por me lembrar de como você é perfeita pra mim, e por imaginar nosso reencontro.